Biópsia de Próstata
DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA:
A Diretriz foi elaborada a partir da elaboração de questões clínicas relevantes e relacionadas às indicações de biópsia prostática. As questões foram estruturadas por meio do P.I.C.O. (Paciente, Intervenção ou Indicador, Comparação e Outcome), permitindo gerar estratégias de busca da evidência nas principais bases primárias de informação científica (Medline/Pubmed, Embase, Lilacs/Scielo, Cochrane Library). A evidência recuperada foi selecionada a partir da avaliação critica utilizando instrumentos (escores) discriminatórios: JADAD e GRADE para Ensaios Clínicos Randomizados e New Castle Otawa scale para estudos observacionais.
Após definir os estudos potenciais para sustento das recomendações, estes foram graduados pela força da evidência e grau de recomendação segundo a classificação de Oxford (disponível em www.cebm.net), incluindo a evidência disponível de maior força.
GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA:
A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência
B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência
C: Relatos de casos (estudos não controlados).
D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.
OBJETIVO:
Disseminar as principais recomendações em biópsia de próstata (indicações e complicações).
INTRODUÇÃO:
O diagnóstico definitivo do câncer de próstata (CaP) é estabelecido pela biopsia, realizada preferencialmente por via transretal guiada por ultrassom. Por ser exame invasivo com riscos de complicações, sua realização deve ser limitada a pacientes com suspeita CaP, determinada pela alteração do PSA e/ou exame digital retal da próstata.
A primeira biópsia de próstata foi realizada em 1937 com agulha de Vim Silvermann digitalmente dirigida. Com o advento da ultrassonografia transretal em 1981, os as biopsia passaram a ser realizadas por este método, através de agulhas apropriadas. A biópsia realizada com seis punções, sistemática e aleatória, revolucionou a técnica para o diagnóstico do CaP, sendo conhecida como biópsia sextante1 (B).
Com a atualização do antígeno prostático específico (PSA) como ferramenta de rastreamento do CaP a partir de 1994 houve um aumento considerável na indicação da biópsia prostática, com muitos resultados falso-negativos sendo evidenciados.
Biópsias subsequentes em pacientes nos quais persistiam a suspeita de CaP se tornaram frequentemente necessárias.
Fonte a material completo: http://portaldaurologia.org.br/medicos/wp-content/uploads/2015/09/biopsia_de_prostata.pdf
Autoria:
Antonio Carlos Lima Pompeo
Eliney Ferreira Faria
Gustavo Cardoso Guimarães
José Ribamar Calixto
José Ricardo Tuma da Ponte
Letícia Medeiros
Lucas Nogueira
Marcos Lima de Oliveira Leal
Milton Berger
Wanderley M Bernardo